
O que vê em meus olhos? Vê a cor verde como esperança, ou tanta esperança te parece ilusão? Quando me olha enxerga quem realmente sou, ou apenas vê o que aparenta? Quando estou entre pessoas, vê meus amigos, ou enxergas que ando sozinha? Quando me vê sorrindo enxerga felicidade, ou sabe que ando carregando lágrimas escondidas?
Tudo o que faz tem certas conseqüências, talvez tu nem enxergues, mas me corta aos poucos por dentro. Então chega uma hora em que não sei mais se quero continuar a me machucar, em algum momento eu deixei de cuidar dos meus ferimentos e passei a tentar curar os teus. Você não viu que ando tentando fazer te parar de sangrar? Não vê que enquanto isso continua a me cortar? Será que eu quero voltar? Será que queres sinceramente que eu volte, ou sente falta de brincar de me cortar? Isso não seria masoquismo de minha parte?
Eu realmente posso afirmar com toda convicção que se existe algo totalmente ausente em mim, esse algo se chama certeza.
Eu só quero andar na chuva e não me molhar. Te quero longe, tão longe, onde minhas mãos possam te tocar. Não quero mais te ver, te quero distante, onde meus olhos possam te enxergar. Eu não sinto vontade de saber, de ti nada quero conhecer, só quero saber o suficiente para ainda poder cuidar. Não sinto vontade de te ouvir, quero que fique em silencio, num silencio onde possa dizer que ainda me ama.
Não estou pedindo para me entender, não estou pedindo para ficar, não estou pedindo para ir, só quero que antes de brincar, aprenda o que é amar.
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