terça-feira, 15 de junho de 2010

Me desculpe mas...

No teu olhar não havia sinceridade, mas existia algo bom, algo que eu via, algo que eu sentia. O teu abraço não era exclusivo meu, mas eu sabia que nele era possível encontrava um pouco de preocupação. Aquela voz que mentia, também dizia o que sentia, escondido entre uma falsidade e outra.
Mas de repente, quem era aquela que hoje conheci? Me diz que não era você, me diz que nunca faria isso. Não, eu não pude te reconhecer.
Porque transformar tanto amor em repugnância por teus atos? Sou tão pouco para ti que não quer nem o meu desprezo? Tem que ter meu ódio também?
Não te pedi amor, não pedi o mundo e nem exclusividade, pois seria muito para alguém como você, o que eu queria era apenas consideração. Bem menos do que eu podia te dar, mas para mim, já era o suficiente.
Como pode me machucar, sendo que tudo o que eu sempre fiz foi me preocupar.
Eu fiz um desenho teu, era bonito. Acho que idealizei.
Pois bem, eu fui feliz sim, mas não foi graças a você. Fui eu quem fantasiou ao maximo suas mentiras, para tentar melhorar esse quadro mal pintado. Hoje eu vi quem é você: Alguém que mente, joga sujo, não se preocupa e finge ser o que não é o tempo todo. É, hoje eu vi todos os seus defeitos claramente, sem desculpas, sem explicações. Essa é você, não é mesmo?
Além de machucar, foi necessário esperar começar a cicatrizar para cortar novamente?
Não me obrigue a te ver, não me faca ouvir sua voz. Me desculpe por todo esse nojo de você...

“ ... que te amou demais e você machucou”

sábado, 12 de junho de 2010

Ele.


Ele não conhecia um olhar sincero, mas ganhou um i-phone novo;
Ele não sabia o que era um abraço verdadeiro, mas se quisesse, compraria um falso mesmo;
Ele não entende o “grau” do amor, acha mais válido o das drogas;
Ele não viu o laranja, vermelho, rosa e todas as cores do nascer do sol, achou mais bonitas as luzes artificiais da casa noturna que fica logo ali;
Ele não se contenta com jogos de tabuleiro, prefere jogar com pessoas reais e tornar a sua vida um tanto quanto irreal;
Ele não sabe o que é se preocupar com um alguém, mas procura algo que nem sabe o que é em todas as garotas que passam em sua frente;
Ele prefere passar o natal longe de casa. Afinal, quem precisa de família quando se tem amigos bêbados?

Da vida ele não sabe nada. Do tempo, ele apenas percebeu que passa. O seu proprio jogo, é, ele já viu que perdeu e o amor, esse ele nunca entendeu e sozinho ele viveu...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Estou a caminho.


Vou te fazer uma surpresa, vou bater em sua porta nessa manhã, vou entrar em sua casa, quero fazer parte do seu programa de fim de semana, quero te livrar do tédio de domingo...
Então pare de escrever estes textos tristes, pois estou jogando todos os meus versos falsos pela janela.
Não vá se arrumar, não penteie os cabelos, não troque de roupa; Pode vir de meias, pode vir de pijama, pois eu gosto de você assim, sem esperar, sem me esperar. Apenas largue essa caneta e pegue uma blusa, aqui fora está muito frio - e corre, vem abrir essa porta porque eu preciso entrar.
Eu vou chegar, eu vou te ver, vou ficar. Mas eu ainda não sei se vou só te visitar,eu não sei por quanto tempo vou ficar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Quer entrar?


Depois de algum tempo, creio que cansei dessa casa escura. Ao acordar, abri os olhos e corri, destranquei as janelas e joguei por elas todos os papeis velhos com versos falsos que eu guardava, por algum motivo que desconheço. Eu já abri todas as portas e a única que não está totalmente escancarada, porem entreaberta, é a dos fundos, aquela pela qual passava um risco de luz, que começava tão fino e clarinho, e ia crescendo e ficando forte, até que iluminava toda a casa[...] Mas ainda não decidi se devo mantê-la aberta ou trancada, e sinceramente, não tenho urgência em descobrir como as coisas devem ser, não agora.
E eu estou aqui na sala, quer entrar e se acomodar ao meu lado? Vê que há tantas janelas por onde também entra luz? Então esquece aquela velha porta dos fundos... Pegue uma xícara, vamos conversar sobre tudo, menos sobre a antiga porta; Um dia resolvo se a deixo aberta ou fechada, eu estou assim, bem confortável com a casa toda aberta, esperando uma visita, esperando alguém para o chá.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Teimosia.


Vou falar tão alto até que o mundo saiba o que eu tenho a dizer;
Vou correr mais rápido que o vento até chegar onde não deveria, mas gostaria de estar;
Vou subir, subir tão alto onde tudo eu posso enxergar;
Vou rir do que me faz chorar;
Vou cantar quando sentir vontade de gritar;
Vou ter o impossível, vou esquecer o inesquecível, vou entender o inexplicável, vou ver o invisível...
Eu vou tentar, vou teimar, vou amar, vou errar, vou chorar, me machucar, vou levantar, vou sorrir e simplesmente continuar a tentar.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

viver a pensar, viver a escrever?



Tenho algumas coisas atrasadas para resolver, logo de manhã adiei alguns compromissos para adiantar outros... Ligo o computador com o objetivo de começar um projeto qualquer do qual dependo para receber nota, como vários outros que não conclui, AFINAL JÁ NÃO ESTAMOS MAIS NO COMEÇO DO ANO. De repente esse ultimo trecho me chama a atenção e me pego refletindo sobre o dito anterior. É aí que percebo que o tempo passa, e esta passando tão rápido que quando percebo, tanta coisa já aconteceu, tanto já se foi feito e por outro lado, tanto já se deixou de ser feito.
Sinto-me correndo contra o tempo, tentando passar minha vida a limpo, assim como meus cadernos, que estão atrasados e com algumas folhas em branco. Tento fazer o que não foi feito, pois sei que daqui algum tempo não terei um resultado tão bom pelo meu comodismo, assim como serão os resultados dos trabalhos que também deixei de fazer pelo mesmo motivo. Tento entender o sentido de cada atitude, de cada objetivo, tento entender o porquê preciso fazer ou deixar de fazer, eu tenho necessidade de descobrir o porvir de tudo... Desculpe, mas realmente não posso ver, eu não consigo entender, eu ainda não descobri. Apenas “sei” que é para o meu bem que cada coisa toma o rumo qual vê. SERÁ? Quem sabe não tomou tal rumo por escolha minha? Quem sabe não escolhi certo caminho só pelo fato de não escolher caminho algum?
Pois é... Pensando e escrevendo, me acomodo por mais uma vez e me vejo abandonando, mesmo que não tento essa intenção, meu novo antigo objetivo. Como de costume, quando percebo já se passaram algumas horas, e eu aqui, pensando, e eu aqui, escrevendo.
Já virou rotina essa minha obsessão pelo entender, pelo escrever. E eu sou teimosa, não quero buscar explicação em algo ou em alguém, eu procuro respostas minhas, talvez eu acredite que de tanto pensar as encontrarei sozinha. Porem ainda existe um outro problema: Sei que procuro respostas, e procuro resposta para minhas perguntas, mas além de desconhecer as respostas, também desconheço a muitas ou até a todas as perguntas, apenas sei que elas existem e isso me intriga, é o bastante para me colocar mais uma vez a pensar, a escrever.
Eu penso em tanta coisa, escrevo algumas delas, às vezes até faz sentido, ou não, às vezes parece que perco tempo com tudo isso e às vezes parece que é comum e não tempo perdido. Mas será que deixo de viver, deixo o tempo passar por ficar a pensar, por ficar a escrever? Ou é como uma forma de viver: viver a pensar, viver a escrever?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Hoje de manhã.


Esse frio nostálgico logo de manhã me leva a escrever na tentativa de explicar para eu mesma o que a por vir.
E o tempo grita, o tempo pede, o tempo avisa que é hora de escolher, de saber quem vai e quem fica, pois ele está passando e levando tudo o que eu disser que não me serve mais. Pode ser que essa minha decisão não seja assim tão definitiva.
Ele ainda me contou que talvez nessa confusão alguém possa ser levado por engano, pode ser que eu faça uma escolha errada, mas quando eu crescer e souber melhor escolher, vou poder pedir de volta o que de mim foi tirado, porque o que for meu de fato, ninguém poderá roubar.
Quem quiser por vontade própria ficar, precisará mudar para se adequar ou por um tempo se afastar para não passar pela minha “seleção” e voltar quando tudo estiver certo, quando tudo estiver no lugar. Mas a história é minha, sou eu quem escolhe os personagens que aqui ficarão e a importância que terão.
Muita coisa com certeza vai mudar e eu preciso de tempo para pensar...