Olhando por esse corredor que hoje vejo tão escuro. Esses bancos em baixo de árvores, onde um dia me abraçou e não existe mais sombra. A mesma rua por onde andamos e em cada lugarzinho sinto sua ausência, mas ainda posso te ver me empurrando devagar pelas costas, ainda posso escutar nossas risadas e conversas sem sentido para quem escuta. Olho pessoas a sua procura, olho cantinhos a sua espera, olho o mundo sentindo sua falta.
Eu queria que mesmo sem te ver, eu pudesse te tocar, te ouvir, te sentir. Ou talvez, eu só queira ser forte o bastante para esquecer, forte o suficiente para não sofrer, que cada lágrima se transformasse em outro sentimento.
Não entendo como é possível sentir coisas tão contraditórias, pensamentos tão confusos. E depois de tudo o que você já me fez sentir de bom, de tudo o que já me fez sentir de ruim, ainda tenho medo e sei que cada telefonema não feito, cada mensagem não enviada, cada palavra não dita... São passos, passos que me distanciam de ti, me levam para longe, cada vez mais longe.
Sei que existem pessoas a espera de uma chance, sei que esses passos me aproximam delas, sei que não é minha maior vontade uma outra vida, um outro alguém. E quanto mais o tempo passa, mais você fica longe de minha realidade e sinto como que se um dia tudo será mera lembrança de uma felicidade. Mas lembre-se que o que houve aqui se chama amor.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Falta
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